Este é o relato de uma pessoa que conseguiu retornar à vida. Há um tempo, eu tinha a certeza absoluta de que gostar de você era a forma de me trazer de volta aos sentimentos, ao poder de amar, de sorrir para a vida. Eu afirmava essa ideia, mesmo sabendo que você só me machucava e não demonstrava nada por mim. Pateticamente tola.
Eu me isolei do mundo. Deixei todos os celulares em cima da estante, sumi das redes sociais e procurei manter contato com a natureza, para só assim tentar descobrir o que me faz bem e aonde eu estou no meio dessa loucura toda que eu arrumei. Dias pensando, fora do contato com o mundo, eu cheguei a conclusão de que você era apenas a minha válvula de escape. Eu tinha a necessidade de amar alguém agora. Não vou mentir: era amor de verdade. Eu gostei de você com todo o meu coração e, acredite, eu teria feito de tudo para ter você do meu lado. Mas nada você quis, você nem se importou.
Por isso, eu fui forte o suficiente para decidir que não o queria mais. Eu não queria mais ser a patética ilusionada que acredita em um amor que nunca vem, que acredita em uma história que não pode dar certo. Logo eu que nunca acreditei em príncipe encantado.
Mas passou. Hoje estou renovada, e o meu maior desejo era que você lesse tudo isso para saber o quão idiota você foi, o quão patético foi de perder alguém que o amava de verdade. Agora, aguenta calado.


Escrito por Andreza Alves.
 
Um mês fora. Em minha mente, esse era o tempo suficiente que eu precisava para esquecer você e para deixar para trás todos aqueles planos que um dia comecei a arquitetar.
Como eu me enganei durante todo esse tempo. Não sei como pude achar que, algum dia, você seria capaz de compreender um sentimento de tamanha profundidade. Somente homens maduros sabem enxergar de forma ampla. Meninos não.
Então, eu segui por estrada à fora, à procura do desapego que eu planejava aqui dentro do coração. Desliguei-me de tudo. Fisicamente, emocionalmente. Eu queria que tudo começasse de uma etapa inicial, caso contrário, de nada adiantaria desfazer-me das grandes bagagens. As pequenas também precisariam ir embora.
Um mês se passou. O celular voltou para o seu lugar na cabeceira, eu estou teclando no notebook, ouço aquela música romântica que chega a ser "mela cueca" e nada acontece.  Nenhum sentimento desperta. Nada muda. Apenas chega a certeza de que hoje eu já não preciso de você para ser feliz. Com todos esses desencontros e essas linhas tortas, eu precisei procurar a minha forma de ser feliz sem precisar do seu entendimento, sem precisar da sua atitude a fim de roubar um beijo meu.  Chegou a hora de agir, por mim mesma, e pelo que já vi você não vale nenhuma lágrima minha, nenhum sorriso meu ou nenhuma marca de batom nessa sua boca.  
Quer saber?  Me deixa aqui atoa.



Escrito por Andreza Alves.