Você ali, eu cá. A mínima e, ao mesmo tempo, exagerada distância coexistindo entre nós.
Nunca me disseram o que devo fazer quando sinto saudades do seu olhar, daquele seu sorriso meio sem jeito. Não tenho para onde correr, não sei mesmo o que fazer.
Parece que você continua sendo um vício e eu não consigo desconectar-me de você. Tenho vontade de chorar bem no seu colo, abraçá-lo e beijá-lo até que o céu se rompa sobre nós. São os meus desejos mais ocultos, inadiáveis e talvez irrealizáveis. Será que este último advérbio existe? Nem eu sei. Mas que seja. No que isso importa quando preciso falar do sentimento? Falar dessa loucura que sinto por você. Tenho vontade de trazê-lo, para perto de mim, sem que você possa sair. A ideia não é que você seja só meu. Amor é mais do que isso, é liberdade para locomover-se e conhecer outras pessoas. Amor mesmo é aquela tremedeira gostosa que a gente sente quando está perto. E mesmo que não seja correspondido, é sempre uma delícia sentir aquele incômodo de estar perto de você, de não ter a palavra certa a dizer, é não conseguir manter uma conversa por muito tempo até que o silêncio comece a perdurar.
Eu já disse milhares de vezes: eu faria qualquer coisa para colar seus lábios junto aos meus. Eu tentaria mover o mundo só para tentar provar que o sentimento que existe, aqui dentro do peito, é verdadeiro e não que também não importa se seja recíproco.
É melhor morrer sem ser amada do que morrer sem amar.


Andreza Alves.